13 de agosto de 2010

A presença da tua ausência...


Hoje o post, não é nada legal... Eu tô mal... Tô de luto... E tá doendo demais.

Perdi uma pessoa muito especial... Uma amiga. O nome dela era Rúbia. Nos conhecemos por meio de uma comunidade que faço parte, no contato sempre foi mais virtual, mas neste quase 1 ano, ela se tornou a cada dia especial, sem que eu percebesse. Todos os momentos que estive com ela, foram divertidos, únicos. Nem me dei conta, que com o jeitinho dela, ela entrava cada vez mais no meu coração. Tinha consciência que tinha um grande carinho por ela, mas não imaginava que fosse enorme!

A Rúbia era uma pessoa alegre, cheia de vida, com um sorriso largo e olhos doces. Parecia uma boneca, pequena, sempre elegante, charmosa e muito meiga. Ela sempre tinha uma palavra doce e forte, ela não gostava de tristeza.

Mas, é inevitável não se sentir triste com a ausência dela.

Ela partiu terça-feira, dia 10 de agosto... A Amine, que é a melhor amiga dela (outra pessoa maravilhosa) postou um tópico de falecimento da Rú... Logo vi e não acreditei. Liguei pra ela, mas infelizemente era verdade... Liguei pra quem eu pude... Mas estava sem direção. Havia pouco tempo, estive com ela num passseio ao Mercadão, repartimos um sanduíche de mortadela, conversamos, rimos, tiramos fotos...

Aí então... Ela começou a aparecer menos... Até que se recolheu no seu casulo... Antes disso, eu estava mal, e ela me mandou um depoimento lindo, me dando força, me fazendo acreditar que sou capaz de superar qualquer coisa e me pedindo pra não permitir que meus dias, fossem de pouca luz, por conta de atitudes maléficas de outros, pois eu era luz... Não aceitei esse depoimento, mas o guardei, e sempre que não estava bem, eu o abria e o lia, pra me fortalecer, pra acreditar que sou capaz, como ela julgava.

Mas, de uma hora pra outra... A Rú decidiu sair do casulo e se transformar em estrela.

Foi a minha primeira perda, de verdade. Sempre achei que lidava bem com a morte... Mas pq até então, só havia perdido pessoas para o tempo e não subtamente. Todas as perdas, tinham um motivo: muito tempo de vida, doenças cruéis onde a morte era o alívio... Mas abruptamente... Nunca! Então, percebi a minha fragilidade... Percebi que pensava ser forte, mas nunca fui.

Não foi fácil aceitar... Apesar do pouco tempo, acho que o que constitui uma amizade é a intensidade. E a Rú, foi muito intensa na minha vida. Ela não passou em vão, ela me ensinou que eu posso ser melhor sempre, que sou capaz... Ela me convenceu disso!

E Vê-la, deitada entre flores, não foi fácil... Ela estava tão linda, que queria chacoalhar ela e dizer: levanta, acorda! Se vc queria nos dar um susto, pra ter certeza do quanto te amamos, conseguiu! Mas agora, pára de brincadeira e levanta!

Mas seria em vão... Era apenas o corpo dela... a alma já abandonou o casulo, virou borboleta... Me restava apenas fazer a promessa que eu seria, tudo aquilo que ela acreditava e me convencera a ser. E ser forte e amiga, pra confortar a Amine, que era a melhor amiga dela! Era de cortar o coração, o estado de todos presentes. Eu via as lágrimas de todos, e as minhas germinavam sem controle. Tudo doia... Tudo era saudade... Nada nos conformava... Mas procurávamos nos fortaceler uns nos outros... E queremos manter, nossos laços de amizades, em nome da Rú, pela Rú e por tudo que ela é, e nos deu: Que a vida deve ser vivida com alegria. Um dia de cada vez!

Quando pensei que o pior havia passado... Foi quando o caixão dela entrou na cova e eu joguei a ultima flor. Aquilo, era a confirmação de que estava tudo acabado, que ela havia partido mesmo, e o chorou era mais desesperador e terrível.

Quando vi aqueles homens, colocando tampas de concreto em cima do caixão pra depois jogar terra... o pavor tomou conta de mim, eu queri pedir aos berros pra que parassem com aquilo, que iriam sufocar a Rú, que ficaria escuro... Perdi o controle, entrei em pânico... E foi aí que me retirei, quase não me aguentando em pé... desabei em qualquer canto, e chorei, e cada partícula minha doia... Doia muito.

Mas, alguma coisa, lá no fundo do meu coração, me pedia pra me acalmar... Que o amor que eu sentia por ela, está vivo, renasceria... como uma fênix... Como a fênix que ela tanto desejava tatuar e não teve chance.

Pois ela, a Rúbia, era, e é, especial demais, pra que eu me lembre dela com pesar e com lágrimas de tristeza. Ela, é vida, luz, docilidade, alegria! Ela é uma flor, uma gérbera... Ela é doce, ela é pura... Ela é tantos adjetivos, que eu poderia escrever infinitamente, e mesmo assim, não encontraria a forma mais simples de expressar que é a Rú e a minha saudade. Mas esta saudade, agora é boa... é renascida. Pq eu sei que a vida continua, eu sei que posso estar com ela, basta fechar os olhos e senti-la em meu coração.

Rúbia... Vou fazer o que vc me ensinou... Vou sofrer... Mas vou sofrer só um pouquinho pra me restaurar. E jamais permitirei que meus dias sejam de pouca luz... Viverei um dia de cada vez, pra lembrar de vc, enquanto eu respirar.

Obrigada amora, por seu carinho! Vc é mais que uma amizade, é uma benção em minha vida.

EU TE AMO RÚ!!!
*essa... era a foto que a Rú tinha no celular dela... Ela carregava um foto com cada amigo... e esse dia, foi maravilhoso!*


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