4 de agosto de 2011

Oração a mim mesmo

Ola queridos e queridas!
Mais uma vez, fazendo minhas pesquisas, me deparei com um blog fantástico, o Liberdade do Ser,  e nele encontrei esta oração linda! Dei apenas uma adaptadinha para o feminino.



ORAÇÃO A MIM MESMO

Que eu me permita

olhar e escutar e sonhar mais.

Falar menos.

Chorar menos.

Ver nos olhos de quem me vê

a admiração que eles me têm

e não a inveja que prepotentemente penso que têm.

Escutar com meus ouvidos atentos

e minha boca estática,

as palavras que se fazem gestos

e os gestos que se fazem palavras.

Permitir sempre

escutar aquilo que eu não tenho

me permitido escutar.

Saber realizar

os sonhos que nascem em mim

e por mim

e comigo morrem por eu não os saber sonhos.

Então, que eu possa viver

os sonhos possíveis

e os impossíveis;

aqueles que morrem

e ressuscitam

a cada novo fruto,

a cada nova flor,

a cada novo calor,

a cada nova geada,

a cada novo dia.

Que eu possa sonhar o ar,

sonhar o mar,

sonhar o amar,

sonhar o amalgamar.

Que eu me permita o silêncio das formas,

dos movimentos,

do impossível,

da imensidão de toda profundeza.

Que eu possa substituir minhas palavras

pelo toque,

pelo sentir,

pelo compreender,

pelo segredo das coisas mais raras,

pela oração mental

(aquela que a alma cria e

que só ela, alma, ouve

e só ela, alma, responde).

Que eu saiba dimensionar o calor,

experimentar a forma,

vislumbrar as curvas,

desenhar as retas,

e aprender o sabor da exuberância

que se mostra

nas pequenas manifestações

da vida.

Que eu saiba reproduzir na alma a imagem

que entra pelos meus olhos

fazendo-me parte suprema da natureza,

criando-me

e recriando-me a cada instante.

Que eu possa chorar menos de tristeza

e mais de contentamentos.

Que meu choro não seja em vão,

que em vão não sejam

minhas dúvidas.

Que eu saiba perder meus caminhos

mas saiba recuperar meus destinos

com dignidade.

Que eu não tenha medo de nada,

principalmente de mim mesma:

- Que eu não tenha medo de meus medos!

Que eu adormeça

toda vez que for derramar lágrimas inúteis,

e desperte com o coração cheio de esperanças...



Que eu faça de mim uma mulher serena

dentro de minha própria turbulência,

sábia dentro de meus limites

pequenos e inexatos,

humilde diante de minhas grandezas

tolas e ingênuas

(que eu me mostre o quanto são pequenas

minhas grandezas

e o quanto é valiosa

minha pequenez).

Que eu me permita ser mãe,

ser pai,

e, se for preciso,

ser órfão.

Permita-me eu ensinar o pouco que sei

e aprender o muito que não sei,

traduzir o que os mestres ensinaram

e compreender a alegria

com que os simples traduzem suas experiências;

respeitar incondicionalmente

o ser;

o ser por si só,

por mais nada que possa ter além de sua essência,

auxiliar a solidão de quem chegou,

render-me ao motivo de quem partiu

e aceitar a saudade de quem ficou.

Que eu possa amar

e ser amada.

Que eu possa amar mesmo sem ser amada,

fazer gentilezas quando recebo carinhos;

fazer carinhos mesmo quando não recebo

gentilezas.

Que

eu jamais fique só,

mesmo quando

eu me queira só.

Amém.



Autor: Oswaldo Antônio Begiato

Um comentário:

  1. Olá, estou passando por aqui´para te convidar para conhecer meu DOCE blog.

    Quando puder passe por lá vai ser um prazer ter sua campanhia.

    www.tatidesignercake.blogspot.com

    ResponderExcluir