28 de julho de 2010

Árvore do amor


Amar é uma arte nata e não adquirida... Será... Não sei, mas sei que amar, amar mesmo, de coração, alma e paixão, sem mentiras e sem medos, é para poucos.
Nasce-se com a predisposição para tal ato, é um sentimento de vontade própria, que mesmo que tentemos controlar, para não ser-mos alvo de"predadores" de emoções, não tem jeito.
A pessoa, seja ela, amigos, amores, pai, mãe, irmãos, o colega de trabalho, o cobrador do ônibus, te trata de forma atravessada, e nós "amantes", mesmo irritados, sempre paramos pra analisar e consideramos que a pessoa está num mal dia ou mal momento. Olhamos com compaixão, e isso é uma forma de amar. Existe, dentro destes seres, uma forma diferente de amar o próximo e a si.
Chega até ser dolorido, quando amamos, pessoas que nos machucaram profundamente... Sempre consideramos mais o lado humano da pessoa, do que o lado seja qual for, que nos machucou. Sempre avaliamos, e mantemos o que de bom vivemos com a pessoa ou através dela. Respeitamos o que esta nos trouxe de bom, e de alguma forma, procuramos também tirar algo de bom de um possível mau ato cometido contra nós.
Fazer o quê Já nascemos amando. E o coração malandro, moleque, sem vergonha, não escolhe, não tem critério, sobra tudo pra nossa racionalidade.
Vejo as pessoas reclamando tanto de falta de amor... vejo-as transformando o amor em um clichê... E seria tão mais fácil, olhar pra si e ver a imensidão deste sentimento, e suas diversas formas. Mas inventamos a "ditadura do amor", tem que ser daquele jeito e ponto. Não pode ser diferente, isso não é aceitável.
Vejo pessoas sendo tão exigentes, mas nem percebem o quanto estão fora dos padrões de tais exigências. Vejo pessoas se enganando, se machucando e causando um colapso no coração, mente e auto-estimas alheias.
E as pessoas que já perderam a esperança de amor, por conta de aproveitadores? As que vivem ou sobrevivem de mentiras sinceras? De ilusões que um ato vulgar seja uma espécie de camuflagem, pra encobrir os sentimentos verdadeiros?... Lamentável. Pois quem ama, já mostra e demonstra isso de forma sincera, clara, sem medo... Se entrega, se joga, confia, não no outro, mas em si, em seus sentimentos. E se se machucar? Se recupera! E não perde o rebolado e fome de amar e ser amado. Acredita na sua fiel capacidade de regeneração, e não se permite deixar de viver o sentimento mais sublime e superior. Não se furta a esse direito.
Não falo de amor, somente carnal, mas de amor "geral", em todos os sentidos. Parece uma doença, uma moda, onde é bonito se lamentar por não ter amo, não ser amado. E se aprendermos, que primeiramente nos amando, é que conseguiremos mais desse antídoto para curar-nos, curar o mundo e sermos mais felizes, caminha remos para a inteligência emocional. Algo que nos ajudará inclusive, a ter uma qualidade de vida, social, espiritual e interior de qualidade.
Vi um novo (nem sei se é tão novo assim, mas pra mim é) movimento, "espalhe o amor"... Achei bem interessante. Mas quem é que está disponível, de coração e mente abertas, pra amar, de verdade e sem reservas? Que está disponível e de coração e mente abertos, para não ser covarde e se aproveitar do amor sincero dos outros? Que está disponível, de coração e mente abertas, para amar os defeitos, as diferenças, levanta a mão? Acho que está na hora de revermos o conceito ditador da forma que amamos.
Amor é vida, paz, respeito e união... Sem amor, nada disso é possível, e a vida se torna sem sentido, e nós perdemos nosso valor e não reconhecemos o valor do outro... Nos tornamos, sem amor, pedaços de madeira flutuando em um lago, esperando que a correnteza nos mostre o rumo correto.
Vamos libertar o amor que existe dentro de nós! Eu sugiro o movimento: Plante o amor! Plantando amor, cuidando bem, vai crescer, dar sombra e frutos. Então, antes de espalhar o amor, plante-o dentro de si, e acredite que os frutos dele, geraram sementes e se espalharam a todos.

Blessed Be!

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