24 de novembro de 2008


A minha estrela

E eu disse - Vai-te, estrela do Passado!


Esconde-te no Azul da Imensidade,


Lá onde nunca chegue esta saudade,


- A sombra deste afeto estiolado.




Disse, e a estrela foi p’ra o Céu subindo,


Minh’alma que de longe a acompanhava,


Viu o adeus que do Céu ela enviava,


E quando ela no Azul foi-se sumindo




Surgia a Aurora - a mágica princesa!


E eu vi o Sol do Céu iluminando


A Catedral da Grande Natureza.




Mas a noute chegou, triste, com ela


Negras sombras também foram chegando,


E nunca mais eu vi a minha estrela!




(Augusto dos Anjos)

Nenhum comentário:

Postar um comentário