23 de agosto de 2009

pêndulo ou ainda está vivo


o peixe na lâmpada se esvai

eu, incompleto, canso

é caro tornar-se e viver


o andarilho pára chora continua

o entardecer é infinito: moldura(de granito?) da minha poesia e farra

o amor também é


até onde se conseguir o azulzinho

há um mundo para ser decifrado, sossegue

desculpa, você poderia apagar a luz?

Eu odeio te amar!

Odeio amar o desconhecido que habita em mim.

Odeio pq não posso controlar!

Odeio odiar tanto assim o que comecei a amar.

Odeio ter que arrancar uma flor do meu jardim,

Só para não me machucar com os seus espinhos.

Odeio ter que fechar as portas (outra vez), para o meu coração.

Odeio abrir a porta sem desconfiança e reservar...

Odeio me entregar!

Odeio, odiar!

E odeio mais ainda o que eu tenho certeza que jamais esquecerei...

Odeio ter lembranças especias...

Odeio pessoas banais!

Odeio me enganar...Odeio o fato de te odiar.

Vai doer o que já dói demais... Mas vai passar.